terça-feira, 19 de outubro de 2010

Capacetes dão dor de cabeça para a NFL

No último final de semana alguns jogadores deixaram o campo com concussões após colisões violentas. Só James Harrison, do Pittsburgh Steelers, tirou dois adversários de campo dessa maneira. Além disso, no confronto entre Philadelphia Eagles e Atlanta Falcons, Dunta Robinson trombou em DeSean Jackson e os dois saíram do jogo com problemas, sendo que o segundo teve até perda de memória. Mas o caso mais grave aconteceu na liga universitária. Eric LeGrand, defensive tackle da Rutger´s University, sofreu fratura em duas vértebras ao realizar um tackle.

Em todos os casos o tackle foi efetuado com a cabeça baixa, ou seja, utilizando o capacete. Quando um atleta vai para cima do outro dessa maneira, fica difícil saber onde ele vai bater, além disso quem carrega a bola também costuma se abaixar para se proteger dos oponentes, o que causa a colisão de capacetes.

Por melhor que sejam os equipamentos de segurança, é claro que quando dois atletas do porte dos jogadores da NFL se trombam, a força da batida é muito forte. Essa medida de suspender ou multar quem fizer esse tipo de tackle é uma boa tentativa, mas acredito que fadada ao fracasso. A manobra já é considerada falta dentro do campo, punida com 15 jardas, e mesmo assim continua sendo utilizada. Além disso, não me parece um artifício utilizado propositalmente.

Depois de ter tirado dois jogadores do Cleveland Browns da partida, James Harrison (aquele mesmo que citei no início do texto) declarou: "Eu não quero machucar ninguém. Mas não sou contra machucar alguém". Você pode pensar que isso é uma declaração de um jogador sem recursos, que precisa de meios ilícitos para impedir o avanço dos oponentes, mas o linebacker foi eleito o melhor jogador de defesa da liga em 2008 e tem a maior corrida para touchdown da história do Superbowl, quando retornou uma interceptação de dentro da sua endzone.

Ou seja, se um dos melhores atletas de defesa da NFL vem a público para dizer que não vê problemas em machucar um colega de trabalho, como acreditar que uma suspensão vai pará-los? Acredito que melhor que punir os atletas por esse tipo de lance, encontrar maneiras de tornar ainda mais seguro o jogo é mais eficiente para evitar casos como o de LeGrand.

Veja como aconteceu a lesão de Eric LeGrand:

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